terça-feira, 30 de abril de 2013

Servidores municipais de Natal lamentam congelamento salarial no dia internacional do Trabalhador





Após alianças duvidosas e toda a politicagem que gerou o seu PCCV (Plano de Cargos Carreiras e Vencimentos), os servidores municipais de Natal sofrem com os efeitos negativos dessa nova política salarial, implantada na gestão da ex- Prefeita Micarla. São 03 anos sem aumento. O sentimento é de ter sofrido um estelionato. Foi anunciado como algo tão bom, que ia melhorar muito a vida dos Servidores... Propaganda enganosa feita por verdadeiros atores, uns fantasiados de representantes do povo e outros de defensores dos Trabalhadores. O resultado final desse teatro é a triste realidade de não ter aumento por 03 anos, perda no adicional noturno, atraso de férias, e aposentados ainda sofrendo dificuldades.

A ANATA se solidariza com todos os Servidores que foram enganados, e se compromete a trabalhar para resolver administrativamente e judicialmente essa caótica situação, e deseja consciência e lucidez a todo(a)s nesse importante dia.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

O MBC (Movimento Brasil Competitivo) e Natal




No prazo de um ano, o presidente do Movimento Brasil Competitivo, Erik Camarano, espera apresentar os primeiros resultados do projeto de gestão que será implantado na Prefeitura de Natal. O MBC foi criado há mais de dez anos e já contabiliza projetos em Estados, cidades e Tribunais de Justiça. O resultado é que, nos últimos cinco anos, foi gerada uma receita nessas instituições de R$ 14,5 bilhões, somado o ganho de receita com a redução da despesa. A fórmula da atividade desenvolvida pelo Movimento é centrada no modelo de gestão, a partir do formato já adotado por grandes empresas do país.

Erik Camarano explica que o modelo adotado usa a experiência e capacidade dos servidores públicos envolvidos, mas capacitando esses funcionários públicos com ferramentas de gestão de projetos, que são hoje conhecidas e usadas no Brasil e no exterior.

Os recursos para a adoção das práticas são captados na iniciativa privada. “Fazemos tudo isso com o apoio das empresas associadas ao Movimento Brasil Competitivo”, ressaltou o presidente do MBC. Mesmo ressaltando que o trabalho do Movimento não é voltado para o combate à corrupção, mas com o modelo de gestão, naturalmente, isso também ocorre.

“Nosso trabalho no MBC, embora seja focado em eficiência e produtividade, o que acontece como efeito colateral é que fica mais difícil a corrupção. Na hora que você começa a passar indicadores de gestão as coisas começam a aparecer”, analisa. Confira a entrevista que Erick Camarano concedeu a TRIBUNA DO NORTE.  


O que se pode esperar do Movimento Brasil Competitivo em Natal?

O Movimento Brasil Competitivo foi criado há 11 anos, uma liderança empresarial de Jorge Gerdau, Edson Mozart, Elson d’Lucca, Antonio Maciel, que trouxeram a experiência dos programas de gestão pela qualidade, que começaram a ser implementados nas grandes empresas brasileiras nos anos 80 e nos anos 90 gerou uma sequência de programas estaduais voltados para qualidade e competitividade. Foi então criado o MBC com o objetivo de levar estas boas práticas para dois grupos importantes para competitividade no Brasil: primeiro a micro e pequena empresa e segundo grupo o setor público. Iniciamos o trabalho no setor público em 2003, no Governo Aécio Neves, buscando adaptar ferramentas de gestão que são utilizadas em empresas com grandes resultados e adaptá-las para realidade do setor público e buscar, com essa implementação, ajudar o setor público a ter mais eficiência no gasto, aumentar a receita de impostos sem precisar aumentar alíquotas. Além disso, buscar o alinhamento de equipes através de definição estratégica, com indicadores e metas. Buscar o redesenho de processos, como na área de licenciamento ambiental, concessão de alvarás, descentralização, distribuição de medicamento, merenda escolar, transporte público. Todos os serviços prestados pelo Estado podem ser feitos de forma muito mais eficientes. E a gente também apoia o gerenciamento para que o Governo tenha uma carteira de projetos restritos, de preferência até 12 ou 15 prioritários, e esses projetos serem geridos na estrutura de governo, envolvendo as diversas secretarias que tomam parte em cada ação e de forma profissional, ou seja, usando a experiência e capacidade dos servidores públicos envolvidos, mas capacitando esses servidores com ferramentas de gestão de projetos, que são hoje conhecidas e usadas no mercado no Brasil e no exterior.

Esses programas têm mostrado resultados?

Nós temos alcançado resultados muito positivos. Só do ponto de vista de ganho orçamentário, que é o ganho de receita somado com a diminuição de despesa, em dez Estados, dez municípios e dois tribunais de Justiça, nos últimos cinco anos geramos R$ 14,5 bilhões de ganho de receita, somado com a diminuição de despesa. E a novidade do modelo que nós trabalhamos é que fazemos tudo isso com o apoio das empresas associadas ao Movimento Brasil Competitivo. Nós captamos recursos privados nas empresas. Com esses recursos contratamos as consultorias que fazem o trabalho para o governo, seja prefeitura ou governo do Estado, e acompanhamos a implantação do projeto seja de 12 a 24 meses, até que o governo ou prefeitura esteja capacitada a continuar por conta própria sem depender do apoio de consultoria. Acho que é um processo importante de levar o método de gestão por resultado, ferramentas sofisticadas de gestão,  para permitir que os objetivos do prefeito e do governador possam ser atingidos rapidamente e com eficiência e assim melhore a prestação de serviço para o cidadão.

O que fez o MBC escolher Natal para atuar na gestão?

No passado, até 2010, nós procuramos ativamente alguns governos estaduais e algumas capitais para buscar iniciar esse trabalho. Ainda o Brasil estava iniciando o trabalho o processo de gestão eficiente na área pública e, portanto, era um pouco novidade até aquela época esse tipo de iniciativa. Hoje nós estamos sendo demandados. Desde 2010 para cá, tanto governos estaduais e prefeituras, temos uma demanda muito grande  e foi o caso de Natal. O prefeito (Carlos Eduardo) nos procurou assim que assumiu o mandato, com um conjunto de desafios que a cidade busca atender. Nós conseguimos através de uma articulação também com o BNDES, que é parceiro nosso, fazer uma conversa inicial com o prefeito, desenhar um projeto de plano de trabalho, que está sendo objeto do acordo de cooperação que foi assinado.

Por mais de uma década de atuação do MBC, o que trava a competitividade nos municípios?

Nossa avaliação é que são vários fatores. Em primeiro lugar no Brasil a gente evoluiu, recentemente, nos últimos 15 anos, com a Lei de Responsabilidade Fiscal e a estabilidade da inflação, a gente avançou no país nos mecanismos de controle e fiscalização da execução dos recursos públicos. Então isso quer dizer Lei de Responsabilidade Fiscal, Lei de Transparência, Lei de Acesso a Informação. Todos esses mecanismos são positivos e trazem grande transparência na prestação de recursos, mas colocam uma restrição muito grande para o trabalho do dia-dia, execução de novos projetos por conta da necessidade de prestação de contas e as restrições que devem ser obedecidas legalmente pelos servidores. E não houve um avanço proporcional das ferramentas de gestão a disposição do setor público. Com isso quero dizer que estivemos em vários locais, as vezes, passa muitos anos sem ter concurso para aquela área. E você tem diferenças de geração muito grandes entre pessoas que estão no setor público e pessoas que entram hoje. Você não tem um padrão de oxigenação, de entradas de pessoas novas no setor público, de carreiras de Estado, de forma persistente e com carreiras persistentes. Não há ou não havia de forma generalizada uma capacitação voltada na gestão por resultado. Se você olhar a formação dos servidores hoje, ela é muito consistente na área técnica, muito forte na área de legislação, convênios e as restrições todas impostas, mas há pouco foco em técnicas modernas de gestão com planejamento estratégico, com o uso de indicadores, metas, a gestão de projetos de forma transversal, mecanismos de combate à sonegação através de ganho de eficiência da máquina pública. Todas essas frentes de trabalho acabam sendo objeto do tipo de iniciativa de trabalho que nós patrocinamos. O que fazemos é capacitar o servidor para poder fazer um trabalho mais eficiente, além de cumprir a regulação e legislação toda que já existe e impõe práticas muito específicias no setor público.

 Fonte: Tribuna do norte.

sábado, 20 de abril de 2013

Prefeitura da Natal tenta modernizar a gestão


A Prefeitura do Natal aderiu oficialmente ao Movimento Brasil Competitivo e, com isso, pretende fazer as mudanças de gestão necessárias para aumentar os recursos financeiros disponíveis aos investimentos. O termo do convênio foi firmado ontem, no auditório da Casa da Indústria, pelo prefeito Carlos Eduardo e diretores do MBC. Na ocasião, o prefeito apresentou alguns números sobre as metas que pretende atingir com a parceria. Ele disse que, hoje, os investimentos do município, com receitas próprias,  estão próximos de R$ 700 mil mensais. A quantia é, na avaliação dele, insuficiente até para cobrir as contrapartidas aos projetos de infraestrutura que receberão verbas dos governos federal e estadual. A meta é chegar próximo de R$ 15 milhões em investimentos.

Para ter a disponibilidade orçamentária que permita realizar os investimentos, a Prefeitura do Natal tem como objetivo reduzir R$ 24 milhões em despesas correntes — formadas por gastos com itens como contas de água, luz e material de expediente — e ampliar a arrecadação própria, sem aumentar o valor dos impostos, para R$ 72 milhões em um prazo de até 365 dias.

Tais resultados são aguardados a partir do trabalho que será desenvolvido, por até um ano, pela Falconi Consultores de Resultados, escritório com atuação em 25 países, que será contratado pela Prefeitura por aproximadamente R$ 4 milhões. O contrato deve ser assinado nos próximos dias.
 
Reestruturação

Com a assinatura do documento ontem com o MBC, os órgãos que compõem a estrutura da Prefeitura passarão por uma reestruturação, com a presença de um técnico da Falconi Consultores, que irá implementar metodologias de redução de custos e modernização do serviço. “O que queremos é que Natal volte a ter capacidade de investir em obras e programas com recursos próprios, além da assinatura de parcerias com outras esferas de Governo e também com a iniciativa privada”, destacou o prefeito.

Ele afirmou que, em 2012, apenas 2% das despesas totais do município foram utilizados no emprego de obras estruturantes ou projetos de desenvolvimento socioeconômico. Relembrando sua gestão anterior como prefeito, ele apontou que em 2008 os investimentos com recursos da municipalidade chegaram ao patamar de 17%.

Sobre a assinatura do termo de parceria com o MBC, que foi acompanhado por diversos secretários municipais, empresários, representantes de entidades de classe e órgãos ligados à indústria – Fiern, Sesi, Senai, IEL, Câmara dos Dirigentes Lojistas – o prefeito ressaltou que  ocorrerá uma mudança de paradigma na gestão municipal. “O que queremos é personalizar a administração, reduzir custos desnecessário e administrar com qualidade”, defendeu Carlos Eduardo.

O diretor técnico do MBC, Sérgio Albuquerque, afirmou que irá ocorrer uma “revolução silenciosa” em Natal. O MBC será responsável pela implementação do programa Modernizando a Gestão Pública. Este modelo de gestão estratégica proporcionará, segundo expôs Sérgio Albuquerque, avanços na administração pública com a otimização da utilização dos recursos.  

Fonte: Tribuna do norte.